Digimon Lacrima
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Digimon Lacrima
Nome da Fanfic: Digimon Lacrima
Nome do Autor: Mickey
Gênero Principal: Aventura/Romance
Em que foi foi baseada: Branca de Neve
Recomendação Etária: Livre
Uma pequena Sinopse da História: Um filme que jamais ira ao cinema.
Hauhauahau! Há muito tempo não lanço uma Oneshot... resolvi perder umas horas de sono...
E finalmente postar essa Fanfic. Era um antigo plano meu que nunca saiu do papel.
Finalmente criei coragem para escrever e concluir.
A principio minha ideia era fazer um romance. Mas não consigo fazer uma história de Digimon, envolvendo Digimon, só de romance.
Então virou um misto quente para quem gosta de Fanfic de Digimon.
Espero que gostem! BOA LEITURA!
Os portões do Paraíso foram abertos de novo. Por algum tempo, ninguém sabe exatamente quanto,
poderão entrar todos os que perceberem que estes portões estão abertos.
Digimon Lacrima
Eu preciso parar de chorar. Eu não sou mais um garoto que espera ser consolado pelos pais.
Eu cresci e sei exatamente o que preciso fazer em uma situação com essa. Chorar não vai resolver nada e portanto eu preciso parar de chorar.
Mas eu não consigo...
_Não! Não acredito! Por que ela teve que morrer! PORQUE?!
Minha dor comove o meu corpo por completo. Os impulsos que recebo do meu cérebro atinge todos os meus pontos nervosos e sensíveis.
Eu sinto como se o mundo em meus pés tivesse desaparecido e o céu acima de minha cabeça desabado.
_NÃO! Eu não posso aceitar que acabe assim...
Já é tarde. Minhas lagrimas não irão fazer um milagre só porque os meus sentimentos são sinceros. Isso só acontece em contos de fadas.
Um beijo não pode despertar a pessoa amada que agora não mais está em vida. Acabou. Só me resta chorar...
_HEI!!! CALA A BOCA IMBECIL! Me deixa ver o FINAL DO FILME PORRA!
_É esta tirando a nossa atenção seu MALUCO! Senta e fica quieto!
Bom... Esse sou eu passando vergonha no final de um filme no cinema.
_Ela morreu...
Eu me chamo Alexander Thorn. Meus amigos me chamam de Alex. Tenho 16 Anos e moro nos Estados Unidos.
Meus pais são Brasileiros e não dominei por completo o Inglês.
Sou fanático por cinema e infelizmente ao me mudar de país tive que aprender uma nova forma de ver filmes nesse país.
Sem dublagem ou legendas ao meu favor. Mas mudamos de assunto.
Todos os dias após as aulas com um professor particular eu fujo para o cinema.
Oras! É o país que criou “Uma Linda Mulher”, “Ghost, do outro lado da vida”, “A dama e o Vagabundo” e “Poderoso Chefão”.
Sim... no Brasil eu trabalhava meio período em uma locadora de filmes. Acabei assistindo alguns clássicos... Enfim...
Tudo nesse dia parecia normal. Até a hora em que a protagonista desse filme dramático,
cujo o nome eu não arrisco pronunciar em inglês ou tão pouco traduzir em português, morre.
Portando o convido a ver a minha história que provavelmente não irá virar um filme, mas será igualmente marcante para quem acompanhar.
Bom! É um dia quente na cidade. Estou até usando camisa sem manga.
Não precisei levar meu casado então se alguém me vê logo pensa que sou um RIP ou um delinquente juvenil por causa de meus cabelos verdes.
Meu All-Star preto rangia na calçada da entrada do cinema.
_Francamente. Eu paguei um absurdo para ver a atriz levantar após receber um Beijo?!
Eu caminhava tranquilamente na porta do cinema após o termino do filme. Não gostei do final.
_Extra! Extra! Arvores do Central Park foram arrancadas sem explicação! OVNES? TERRORISMO?
Um vendedor de jornal caminhava aos berros pela rua. Gostaria de saber o que ele dizia.
_Uma hora dessas alguém ainda compra jornal? Já é quase 03 da Tarde...
Caminhei pela calçada enquanto ia tranquilamente em direção ao apartamento.
_Imagino que filme verei amanhã. Mas não será romance! Chega por um tempo!
Caminhava desatento pela calçada como se nada pudesse me parar. A rua estava pouco movimentada.
_Aproposito que horas... AH! MEU DEUS! Estou atrasado! Preciso correr!
O filme durou mais que eu imaginava e acabei perdendo a hora. Decido portanto tomar um atalho pelo beco.
_Preciso chegar antes que o meu Pai ligue para saber se ainda estou em casa! Rápido!
Corria desesperadamente pelo beco já conhecido devido as várias corridas de dias passados.
Foi nesse ponto! Exatamente nessa minha explosão de velocidade sobre humana para não ser pego,
que algo inacreditável aconteceu em minha vida. Não conseguiria descrever com palavras...Quero dizer!
Eu consigo sim! Uma Planta caiu na minha cabeça! Ainda bem que não havia um vazo... era só a planta.
_Eu vou conseguir... UAGHH!
A planta caiu como um meteoro em minha cabeça me fazendo ficar deitado no chão.
_Mas que diabos... estão jogando bombas no meio dos Becos agora? Mas...
Olhei incrédulo ao ver uma planta relativamente redonda de cor verde clara rolando no chão.
_Que isso? Jogaram um pé de alface na minha cabeça?! Um pé de alface me derrubou?!
Voltei a olhar dessa vez para cima procurando o autor da brincadeira de mau gosto.
_Não há ninguém... deve ter se escondido o filho da... Hei! Está se mexendo?
Ao observar sem sucesso para cima voltei a olhar a planta e para minha surpresa parecia viva.
Os momentos que aconteceram após essa minha percepção foram de igual terror e surpresa.
Imaginei várias coisas na minha cabeça. Ah coisas normais que qualquer um imaginaria.
Um Robo, um gato maltratado, uma experiência mal sucedida, uma arma biológica, um monstro ou um alienígena.
Mas nada se compara ao que imaginei quando a forma de vida falou.
_Por Yggdrasil! Onde eu estou?
O pé de alface olhou para mim com grandes olhos vermelhos e disse algumas palavras.
_MEU DEUS! VOCÊ FALA!
Apontava o dedo para o pé de alface enquanto me desequilibrava ao ponto de arrastar no chão.
_Hã?! É claro que eu falo! Já não sou mais um bebe!
O pé de alface não apenas falava como também me entendia. Brasileiro?
_Eu não acredito que um pé de alface esta falando comigo. Eu devo ter batido forte com...
Comecei a balançar a cabeça no desespero e tentando acordar do sono.
_Oew! Eu não sou um pé de alface! Eu sou uma Digimon! Me chamo Tanemon!
Bom, agora eu posso o chamar por um nome. Tanemon era o nome do pé de alface.
_Digi... Mon... Comemon?
Confuso eu gaguejei um pouco, mas percebia que se tratava de um fêmea então precisava corrigir.
_Não! TA-NE-MON! TANEMON!
Ok! Tanemon, como ela autodenominava, estava ficando nervosa.
_Ta...nemon. Tanemon?
Após um pouco de esforço eu consegui pronunciar corretamente o nome dela.
_Nossa que dificuldade. Como se chama criatura desconhecida?
Tanemon saltou rapidamente até o meu colo e confesso até que foi engraçado para uma bola verde.
_Criatura estranha? Já se olhou no espelho? Você é a estranha aqui!
Dessa vez era a minha vez de ficar nervoso pelas palavras.
_Eu não sou estranha! Você que é estranho. Por acaso é um novo Digimon? Qual o seu nível?
A criatura olhava o meu corpo por completo como se procurasse algo.
_Eu não sou um Digimon. Seja lá o que isso seja... Eu sou um humano! E me chamo Alexander!
Mais confuso ainda eu ficava ao olhar a criatura que se movia no meu corpo.
_Humano?! Então isso é um humano? Que coisa mais esquisita...
Ela continuava girando a sua cabeça, ou melhor, o seu corpo todo para me observar.
_Olha só quem esta me chamando de esquisito. Isso só pode ser uma pegadinha...
Dessa vez mais agressivo eu me levantei e expulsei a criatura de meu colo.
_Hei! Humano! Onde estamos? Esse lugar não parece a floresta de treinamento.
Tanemon estava olhando curiosa as enormes estruturas da cidade.
_Floresta? Está em Nova York, Digimon. Bem Vinda a America, a maior floresta de pedra!
Aproveitei a oportunidade para curtir um pouco aquele sonho maluco.
_Floresta de Pedra... Incrível! Deve haver bastantes Digimon fortes aqui.
Acho que ela não entendeu a minha piada então continuou olhando admirada para os prédios.
_Olha. Você é o primeiro Digimon que vejo. E acredito que seja o único por aqui.
Comecei a refletir melhor a situação e não parecia mesmo um sonho apesar de tudo.
_Como assim? Não estamos no Mundo Digital?
Tanemon olhou curiosa para o meu rosto com seus olhos vermelhos lacrimejando.
_Não... aqui é a Terra. O Mundo dos humanos... Hei você está chorando?!
Ao responder percebi que o Digimon estava começando a chorar.
_Não! Não acredito! Eu quero voltar para casa!
A pequena forma de vida vegetal começou a chorar desesperadamente.
_Oew! Calma! Calma aew! Não precisa chorar tão alto. Calma!
Fiquei envergonhado e ao mesmo tempo preocupado. O que poderia fazer?!
_Eu quero ir pra casa! Me leva para casa! Alguém... SOCORRO!!!!
O Choro virou um desespero inegável e naquele momento parecia que não iria acabar.
_Mas que droga. Se alguém ver... É melhor se acalmar... Fica calma! Está bem?!
Continuava sem sucesso tentar fazer Tanemon parar de chorar. Precisava fazer algo.
_Espera! Pare de chorar! Eu te levo para casa! Mas para de chorar!
Naquela situação as palavras saltaram de minha boca e não pensei bem antes de falar.
_Pro... Promete? Promete me levar para casa?
Finalmente consegui fazer ela parar de chorar, mas a um preço que não saberia como pagar.
_Prometo! Mas por favor não chore! Uma garota não pode chorar na frente de um garoto!
Foi tudo o que consegui pensar naquele momento em que marca o restante dessa história.
_O... Obrigada. Eu... Eu prometo não chorar...
A Tanemon se recompôs e voltou a olhar para mim com os seus olhos vermelhos e sorrindo.
_Francamente. O que fazemos agora? Melhor irmos para minha casa primeiro. Tudo bem?
Fiquei envergonhado ao olhar a felicidade da criatura com minhas palavras.
Decidi levar a Planta ao meu apartamento. A secretária eletrônica informava que haviam três ligações perdidas.
Certamente uma delas ou todas eram de meu pai. Caminhei com Tanemon nos meus braços e a levei até o meu quarto deixando-a na cama.
Aproveitei e também me sentei.
_Pronto. Agora podemos pensar melhor no que fazer.
Apesar disso ainda não fazia a menor ideia do que pensar. Vários filmes passaram na minha cabeça.
_Você veio com uma nave espacial? Teletransporte? Portal dimensional? Correio? Tem código de barra?
Foram as melhores ideias que veio na minha cabeça naquela situação.
_Eu só me lembro de correr pela floresta e ter sido atacada por um Cherrymon Negro.
Tanemon não havia entendido minha piada e estava bastante séria. Mas...
_... O que é um Cherrymon? Por acaso outro Digimon?
Perguntei ainda confuso para a plantinha na minha cama.
_Sim! Cherrymon é um Digimon no nível Perfeito. Ele apareceu no meio da floresta de treinamento.
A pequenina olhava seria para mim enquanto falava. Mas nada fazia sentido naquele momento.
_Vai ser difícil. Bom... você quer beber alguma coisa? Água?
Tentei mudar um pouco o assunto para assimilar a ideia.
_Você pegaria água para eu beber?
A pequenina olhou novamente com seus olhos brilhando em minha direção.
_Mas é claro. Eu vou pegar para nós. Fique a vontade no meu quarto.
Levantei mais confuso do que quando havia me sentado e fui buscar água.
Enquanto ia na cozinha eu liguei a televisão e tirei o volume. Não ia entender nada mesmo.
Caminhei até a geladeira e peguei uma garrafa de água e voltei para o quarto.
Ao chegar eu me deparei com uma grande surpresa.
A pequena Tanemon, que possuía o tamanho de uma bola de futebol, destruiu meu quarto em menos de 05 minutos.
A minha cama era a única coisa no lugar. Haviam folhas e livros jogado para todos os lados.
As minhas roupas foram retiradas do guarda roupas e jogada no chão. Meus sapatos estavam na cama.
A lixeira estava girando no chão até que finalmente parou nos meus pés. No seu interior a criadora desse furação estava girando de tontura.
_M... Muito... Muito Obrigado pela água. Você foi muito gentil.
Curiosamente a criatura me agradecia de uma forma que nunca vi antes por alguém no Brasil.
_Nossa! Não é para tanto... Fico feliz que tenha gostado.
Voltei a encarar a bagunça do meu quarto e calmamente arrumava o estrago causado.
_E então? Esse Cherrymon. Por que ele a perseguia? Por acaso destruiu o quarto dele?
Questionava a pequenina enquanto colocava as roupas de volta no guarda roupa.
_Não! Cherrymon estava com raiva da floresta. Ele estava arrancando as árvores por ódio!
Por um momento ela voltou a ficar triste e novamente começou a formar lagrimas nos rosto.
_Então você decidiu mexer com alguém maior que você e que estava arrancando árvores?
Olhei incrédulo para o que ela dizia, mas tentava juntar os fatos.
_Sim! Eu decidi impedir. Mas quando eu fugia aconteceu alguma coisa... e fui acordar caída na floresta de pedras.
Dessa vez de um certo modo eu entendia o que ela dizia. Já que é da minha cidade que ela fala.
_Certo! Vamos...
Não tive tempo de fazer mais perguntas e logo um barulho ensurdecedor tomou os meus ouvidos.
Um helicóptero? Talvez dois sobrevoaram o apartamento bem próximos dos prédios.
Isso não é comum e logo olhei pela janela para tentar ver algo porem sem sucesso.
Alguma coisa estava acontecendo e me lembrei da televisão ligada. Corri na sua direção para tentar ver alguma coisa.
E para minha surpresa algo realmente estava acontecendo.
Uma grande árvore. Muito Grande mesmo! O canal de noticias mostrava uma planta gigante próxima ao Central Park.
Aquela árvore estranha com folhas negras possuía, por mais incrível que isso possa parecer, uma bengala de madeira,
olhos amarelos, um bigode de folhas e estava zangada. Muito zangada!
_Mas que raios é isso?! Uma cerejeira gigante no meio do Central Park?!
Meu olhos não acreditavam no que estava vendo apesar de conhecer Tanemon.
_Hei! O que está acontecendo... AH! É o Cherrymon! É ele!
Tanemon saiu correndo do quarto e rapidamente percebeu Cherrymon na televisão.
_Ele é o Cherrymon? Você tentou impedir essa arvore gigante sozinha?!
Olhei ainda mais surpreso para o tamanho da coragem de Tanemon.
_Bom... eu pensei em apenas chamar a atenção dele e correr...
Tanemon olhava para mim bastante tranquila sem notar nada de errado.
_Esta de sacanagem?! Se vai arrumar uma briga por que não procura alguém do seu tamanho?!
Mais uma vez fiquei possesso com a inocência de Tanemon diante dessa situação.
_Hei! Eu não iria deixar ele destruir a floresta de treinamento! Alguém tinha que fazer...
Novamente Tanemon olhou para a televisão e sua expressão ficou séria.
_Mesmo assim. Você é muito pequena comparada a ele... O... O que foi?
Olhei para a expressão no rosto de Tanemon e gelei por completo.
Não tive tempo o suficiente para impedir o que viria a seguir.
A pequena planta com muita velocidade e mobilidade para o seu tamanho saltou pela janela do apartamento e caiu sobre as escadas.
Iniciando uma decida acelerada em direção ao chão. Ela estava indo onde Cherrymon estava. Mas por que?!
Por que raios ela iria enfrentar aquilo?! Olha o tamanho dele! Isso não é coragem! É suicídio!
_Hei! Hei! Espera! Tanemon! Onde está indo?! Ficou maluca?!
Fiquei muito surpreso com aquilo e não esperava uma atitude tão corajosa dela.
_Eu vou proteger a floresta de pedra! Sou o único Digimon aqui que pode enfrenta-lo.
Ela gritava alto o suficiente para eu ouvir enquanto pulava que nem um louco atrás dela.
_Droga. Vou acabar me matando... Você perdeu a noção do perigo?! Ele não tem ninguém do tamanho dele!
Enquanto desesperadamente saltava pelas escadas de aço eu imaginava o pior acontecendo a nos dois.
_Eu sei que ele é grande. Mas como um Digimon eu preciso lutar para proteger a floresta!
As palavras da pequenina que alcançou o chão com uns três andares de vantagem ouvi claramente.
_Francamente... isso não é uma floresta... é uma... Cidade...
Infelizmente gritei tarde demais. Ela já estava no meio do transito saltando sobre os táxis.
Enquanto isso no Central Park,
os Policiais tentavam conter os curiosos enquanto a enorme arvore caminhava e chutava tudo e todos que estavam em sua frente.
Alguns arriscava atirar na arvore, mas suas armas pareciam não surtir efeito no gigante negro.
_Yggdrasil! Onde você está?! Onde você me mandou?!
O monstro gritava incansavelmente o nome de Yggdrasil. Será que era outro Digimon?
_Apareça Yggdrasil! Apareça covarde!
Muito zangado realmente aquele gigante estava e todos ouviam com clareza suas palavras.
Os helicópteros da imprensa rodeavam o gigante claramente visível pela luz da tarde.
Enquanto isso eu corria contra a multidão de pessoas que fugiam do monstro na esperança de impedir que Tanemon fosse para um suicídio.
Mas já era tarde demais. Ela tinha a mobilidade ao seu favor e eu muitas pessoas desesperadas na minha frente.
_Cherrymon! É melhor você ir embora da floresta de pedra!
A pequena planta saltou bravamente, sobre um carro imóvel, diante de Cherrymon.
_Hmmm?! Tanemon... Você tentou me impedir de encontrar Yggdrasil!
Cherrymon estava irado e ao perceber a presença de Tanemon sua ira aumentou.
_Eu vou te deletar e encontrarei Yggdrasil! Desapareça!!
Com a sua bengala a arvore gigante tentou esmagar a pequena Tanemon. Porém apenas o carro sofreu o ataque.
_Eu não posso deixar que destruía a floresta... Ataque de Bolhas!!!
Corajosamente a pequenina lançou de sua boca várias bolhas de água na direção do Gigante.
_Hahaha! Vai proteger esse lugar? VOCÊ?!
Sem o menor sinal de perigo as bolhas de Tanemon não feriram o Cherrymon confiante.
_SIM! Eu vou... Uahhhhhhh!
Com o movimento de sua bengala ele lançou um carro na direção de Tanemon que foi atingida em cheio.
Nesse exato eu chegava ao local e pude ver exatamente o momento do impacto e o local que ela foi lançada.
Mas nada mais poderia fazer. Cheguei muito tarde e a pequena e corajosa Tanemon foi esmagada pelo impacto dos veículos.
_Não me faça rir... Droga! Acho que exagerei. Não vou perder tempo aqui! Preciso achar Yggdrasil.
Observando que Tanemon ficou presa nos carros atingidos pelo ultimo movimento Cherrymon voltou a se locomover.
Observando o gigante sair do local eu não me contive e corri na direção para onde ela foi lançada. Corri com lagrimas nos olhos.
Acabava de a conhecer e mau tivemos tempo para podermos dizer que somos amigos.
Como pode ela ser tão burra ao ponto de não ver que seria impossível lutar contra alguém daquele tamanho?!
_TANEMON! TANEMON! Você está bem?! OI!
Deitei no chão e rastejei entre os veículos para procurar por ela. Naquele momento eu só pensava no pior.
Pensava que ela havia morrido em vão por uma virtude tola como a coragem. Como pode ser tão irresponsável com o mesmo ato duas vezes?!
É isso? Só lhe sobrou morrer? Por que alguém como ela que nem ao menos é desse mundo morreria pela cidade?! PORQUE?!
_T... Tanemon...
Meus olhos não resistiram ao ver o corpo da pequenina no chão imóvel. Lagrimas corriam.
_Tanemon! DEUS! Acorda! Por favor, não morra! Não morra assim... Não por favor!
Eu não entendo. Como me apeguei tão rapidamente a ela? Até parece que estava vendo um filme.
_Você tem muita coragem... mas é muito burra... digna de um herói... mas isso não é um filme.
Abracei o corpo da pequena enquanto perdia as esperanças de ver ela abrir os olhos novamente.
_Não escuto seu coração... Droga... Digimon tem coração?! Pulmão?! Hei! Abra os olhos...
Me desesperava. Me sentia como no cinema no inicio dessa história. Incapacidade.
_Não adianta... Me desculpa... Me desculpa por ser tão fraco. Por ser incapaz de salvar uma vida...
Eu estava desesperado e o que eu mais temia estava acontecendo. Em meus braços o corpo de Tanemon sem vida.
Os policiais fizeram um certo maior e em maior número.
Cherrymon caminhava sem importar com os policiais e começou a receber fortes rajadas de balas em sua direção.
Os tiros podiam ser ouvidos claramente. O responsável pela morte de Tanemon nada sofria com os ataques.
Nem mesmo a policia poderia parar aquele monstro. Como ela pensava que teria alguma chance?
Eu no lugar dela correria e choraria por algum consolo...
_Espera! Pare de chorar! Eu te levo para casa! Mas para de chorar!
_Pro... Promete? Promete me levar para casa?
_Prometo! Mas por favor não chore! Uma garota não pode chorar na frente de um garoto!
_Eu... não posso chorar... Não enquanto não cumprir minha promessa.
Por um momento eu fiquei sério. Olhei para ela e num momento de desespero fiz algo questionável.
Dane-se que isso só acontece em contos de fada! Eu não estou em condições de exigir realismo. Se houver uma esperança...
Se ainda há algo que eu possa tentar... Eu vou tentar! E como no filme que assisti nessa tarde eu beijei a protagonista da história.
Um sentimento verdadeiro como nos filmes? Não posso explicar.
Mas lagrimas saíram de meu rosto de encontro a pequena planta sem vida. Lagrimas sinceras e verdadeiras.
Eu me importava com ela. Eu não queria a perder... foi nesse momento que o corpo da pequenina se iluminou.
Uma luz que naquele momento da tarde onde a luz do sol já havia praticamente nos abandonado ela brilhou intensamente.
Tão intensamente que começou a ascender ao céu chamando a atenção de Cherrymon, da policia, da imprensa e de todos os curiosos.
Quando a luz dissipou apenas uma luz como em um arco íris revelava um casal se beijando.
Para muitos estava claro que um garoto e uma garota estavam se beijando. As câmeras focaram bem esse ângulo.
Mas na verdade era um humano e um Digimon. Era eu e Tanemon, agora evoluída a uma espécie de fada.
Peculiarmente com vestido rosa, com espécies de braçadereiras e botas verdes.
Seus cabelos na verdade era uma espécie de relva verde, sendo ofuscados apenas pelas quatro folhas que formavam suas asas.
Meus olhos abriram e não sentia mais a incapacidade e no lugar dela eu estava sendo tomado por outra emoção. A vergonha!
Não percebi até esse momento que estava flutuando e diante de uma garota fantasiada de fada. Até que ela também abriu os seus olhos.
Os mesmos olhos de Tanemon, porem negros e esverdeados.
Ela segurava as minhas mãos e batia suas asas para permanecermos no céu. Foi quando me dei conta do que realmente aconteceu.
Exatamente como nos contos de Fada.
_Você... está viva... você acordou após um beijo... como...
Olhei com uma enorme vontade de abraçar a fada diante de meus olhos.
_Você foi muito gentil comigo Alexander. Agora é minha vez de retribuir!
E com as palavras educadas como quando estávamos no meu quarto ela disse ao me soltar no chão.
_Tanemon... você...
Eu ainda não havia acreditado que aquilo estava acontecendo ela realmente esta viva.
_Eu me chamo Lilymon agora. Eu vou proteger a floresta de pedra!
Bom, Lilymon é um nome diferente mas continua com a mesma personalidade.
Rapidamente a fada voou para frente de Cherrymon e novamente me veio o temor.
Era ela uma pequena fada inofensiva contra uma arvore gigantesca. Ela continuava maluca também!
O que ela pensa em fazer contra aquilo?!
_Lilymon?! Não pode ser! Alcançou o Nível perfeito assim tão rápido?!
Olhava incrédulo o até então muito confiante e irado Cherrymon.
_Sim! E agora eu tenho poder suficiente para proteger a floresta de pedra!... Colar de flores!
A fada girou em torno da arvore rapidamente espalhando uma luz rosa. A luz se converteu em pétalas que envolveram Cherrymon.
_Maldição... Acha mesmo que isso vai funcionar...
Cherrymon parecia enfraquecido com o colar de flores que foi formado no seu tronco.
_Você é muito forte... há muito vírus em seu corpo! Eu só preciso acalma-lo um pouco!
A fada se voltava diante dos olhos de Cherrymon que demostrava fraqueza.
_Eu não serei derrotado tão facilmente...
Cherrymon agarrava o colocar com suas mãos para tentar remover.
_Não vai adiantar! Quando remover o colar já será tarde... Canhão Flor!!!
Dessa vez uma flor amarela se formou nos braços da fata.
A flor se abriu revelando um pequeno canhão de pétalas amarelas. Uma energia foi canalizada no canhão e brilhou intensamente.
Cherrymon ainda tentava remover o colar porem sem sucesso. Até que a energia concentrada finalmente foi lançada.
_Maldição... Yyyyyyyggdrasiiiiiil!
O ataque foi certeiro e devastador. Acertou em cheio o centro de Cherrymon.
A luz do impacto se expandiu e uma grande quantidade de luzes elevavam ao céu. Era Cherrymon se desfazendo.
Estranhamente sua estrutura desintegrava como se fosse feito de luz. Logo apenas a fada permanecia no alto.
Ela sorria enquanto voava graciosamente em minha direção. Eu estava aliviado. Ela venceu aquela arvore gigante monstruosa.
_Alexander!! Eu consegui! Eu venci ele!
Ela realmente conseguiu. Essa maluca metida a kamikaze salvou a floresta de pedra.
_Lilymon...
Não tive tempo de dizer o que pensei na hora quando segurei a mão dela.
Novamente conforme Tanemon havia descrito, algo aconteceu, e um buraco negro cobriu a cidade de Nova York no céu.
Era um buraco negro que começou a sugar os dados de Cherrymon que estavam flutuando no céu e puxar Lilymon para cima.
_Ei! O que está acontecendo aqui? Hei! Lilymon!
Surpreso com o acontecimento segurei firme a mão dela e percebia o forte poder sucção do portal.
_Eu acho que esse portal pode me levar para casa!
Lilymon olhou atentamente para o portal que a atrai para seu interior.
_Você tem certeza?! Pode acabar parando em outro planeta!
Na verdade foi uma desculpa que inventei para não soltar a mão dela de forma alguma. Não queria a perder novamente.
_Não. Tenho certeza que é o portal certo. Eu vou para casa. Graças a você Alexander!
Dessa vez ela olhou para os meus olhos e novamente estava chorando. Como ela chora...
_Hei! Porque está chorando uma hora como essas? Deveria estar feliz! Você vai para casa!
Eu tentava animar a garota. Nãosuporto garotas chorando mas não queria soltar a mão dela.
_Você foi muito gentil comigo... Eu queria poder conhece-lo melhor... Ficar com você um pouco mais...
Ela estava chorando mesmo. É possível ficar assim por alguém que se conhece por menos de um dia?!
_Sim! Eu também gostaria muito conhece-la melhor e ficar mais tempo com você.
Nesse momento eu percebi o que estava dizendo. Isso não iria facilitar a despedida praticamente inevitável...
_Eu... Eu.. Quero Fi...
A pequena fada não teve tempo de dizer até perceber o que aconteceu.
_Eu também! Mas eu fiz uma promessa! Não posso voltar...
Nesse momento eu fiz algo que precisava fazer. Precisava deixar ela ir para casa. O seu lugar de verdade não era ao meu lado.
Não saberia o que poderia acontecer com ela aqui no mundo dos homens.
_Alexander?!
Foi a ultima palavra que eu ouvi dela naquele dia. Apenas o meu nome após perceber que eu soltei sua mão.
Eu observava atentamente a pequena fada subir ao céu após eu a soltar com lagrimas nos meus olhos.
Um silêncio estonteante se seguiu até que ela finalmente foi levada pelo buraco negro.
O mesmo buraco negro logo em seguida dissipou por completo e tudo o que sobrou foi o estrago causado por Cherrymon,
a policia muito confusa, um monte de curiosos e a imprensa filmando tudo.
Será que as pessoas vão acreditar no que viram mesmo com as imagens?
Será que se eu contasse o que realmente aconteceu eles iriam entender? Entenderiam o que significa Digimon?
Quem era a fada e o garoto que salvaram a cidade de uma cerejeira gigante? O que foi aquele enorme buraco negro no céu?!
Muitas perguntas. E poucas respostas. Dignas de um filme. Um final clichê demais para muitos e fascinante para alguns.
Mas foi um final. O que aconteceu e o que acontece após tudo isso não vou contar a você que acompanhou minha história.
É algo muito pessoal para descrever para qualquer um. Apenas fique com a imagem dessa história na cabeça.
Passando como um Filme que encerra e você imagina como é a continuação da história.
Obrigado por me acompanhar até aqui e obrigado por acreditar na minha história.
Minha história sobre os Digimon.
Eu cresci e sei exatamente o que preciso fazer em uma situação com essa. Chorar não vai resolver nada e portanto eu preciso parar de chorar.
Mas eu não consigo...
_Não! Não acredito! Por que ela teve que morrer! PORQUE?!
Minha dor comove o meu corpo por completo. Os impulsos que recebo do meu cérebro atinge todos os meus pontos nervosos e sensíveis.
Eu sinto como se o mundo em meus pés tivesse desaparecido e o céu acima de minha cabeça desabado.
_NÃO! Eu não posso aceitar que acabe assim...
Já é tarde. Minhas lagrimas não irão fazer um milagre só porque os meus sentimentos são sinceros. Isso só acontece em contos de fadas.
Um beijo não pode despertar a pessoa amada que agora não mais está em vida. Acabou. Só me resta chorar...
_HEI!!! CALA A BOCA IMBECIL! Me deixa ver o FINAL DO FILME PORRA!
_É esta tirando a nossa atenção seu MALUCO! Senta e fica quieto!
Bom... Esse sou eu passando vergonha no final de um filme no cinema.
_Ela morreu...
Eu me chamo Alexander Thorn. Meus amigos me chamam de Alex. Tenho 16 Anos e moro nos Estados Unidos.
Meus pais são Brasileiros e não dominei por completo o Inglês.
Sou fanático por cinema e infelizmente ao me mudar de país tive que aprender uma nova forma de ver filmes nesse país.
Sem dublagem ou legendas ao meu favor. Mas mudamos de assunto.
Todos os dias após as aulas com um professor particular eu fujo para o cinema.
Oras! É o país que criou “Uma Linda Mulher”, “Ghost, do outro lado da vida”, “A dama e o Vagabundo” e “Poderoso Chefão”.
Sim... no Brasil eu trabalhava meio período em uma locadora de filmes. Acabei assistindo alguns clássicos... Enfim...
Tudo nesse dia parecia normal. Até a hora em que a protagonista desse filme dramático,
cujo o nome eu não arrisco pronunciar em inglês ou tão pouco traduzir em português, morre.
Portando o convido a ver a minha história que provavelmente não irá virar um filme, mas será igualmente marcante para quem acompanhar.
Bom! É um dia quente na cidade. Estou até usando camisa sem manga.
Não precisei levar meu casado então se alguém me vê logo pensa que sou um RIP ou um delinquente juvenil por causa de meus cabelos verdes.
Meu All-Star preto rangia na calçada da entrada do cinema.
_Francamente. Eu paguei um absurdo para ver a atriz levantar após receber um Beijo?!
Eu caminhava tranquilamente na porta do cinema após o termino do filme. Não gostei do final.
_Extra! Extra! Arvores do Central Park foram arrancadas sem explicação! OVNES? TERRORISMO?
Um vendedor de jornal caminhava aos berros pela rua. Gostaria de saber o que ele dizia.
_Uma hora dessas alguém ainda compra jornal? Já é quase 03 da Tarde...
Caminhei pela calçada enquanto ia tranquilamente em direção ao apartamento.
_Imagino que filme verei amanhã. Mas não será romance! Chega por um tempo!
Caminhava desatento pela calçada como se nada pudesse me parar. A rua estava pouco movimentada.
_Aproposito que horas... AH! MEU DEUS! Estou atrasado! Preciso correr!
O filme durou mais que eu imaginava e acabei perdendo a hora. Decido portanto tomar um atalho pelo beco.
_Preciso chegar antes que o meu Pai ligue para saber se ainda estou em casa! Rápido!
Corria desesperadamente pelo beco já conhecido devido as várias corridas de dias passados.
Foi nesse ponto! Exatamente nessa minha explosão de velocidade sobre humana para não ser pego,
que algo inacreditável aconteceu em minha vida. Não conseguiria descrever com palavras...Quero dizer!
Eu consigo sim! Uma Planta caiu na minha cabeça! Ainda bem que não havia um vazo... era só a planta.
_Eu vou conseguir... UAGHH!
A planta caiu como um meteoro em minha cabeça me fazendo ficar deitado no chão.
_Mas que diabos... estão jogando bombas no meio dos Becos agora? Mas...
Olhei incrédulo ao ver uma planta relativamente redonda de cor verde clara rolando no chão.
_Que isso? Jogaram um pé de alface na minha cabeça?! Um pé de alface me derrubou?!
Voltei a olhar dessa vez para cima procurando o autor da brincadeira de mau gosto.
_Não há ninguém... deve ter se escondido o filho da... Hei! Está se mexendo?
Ao observar sem sucesso para cima voltei a olhar a planta e para minha surpresa parecia viva.
Os momentos que aconteceram após essa minha percepção foram de igual terror e surpresa.
Imaginei várias coisas na minha cabeça. Ah coisas normais que qualquer um imaginaria.
Um Robo, um gato maltratado, uma experiência mal sucedida, uma arma biológica, um monstro ou um alienígena.
Mas nada se compara ao que imaginei quando a forma de vida falou.
_Por Yggdrasil! Onde eu estou?
O pé de alface olhou para mim com grandes olhos vermelhos e disse algumas palavras.
_MEU DEUS! VOCÊ FALA!
Apontava o dedo para o pé de alface enquanto me desequilibrava ao ponto de arrastar no chão.
_Hã?! É claro que eu falo! Já não sou mais um bebe!
O pé de alface não apenas falava como também me entendia. Brasileiro?
_Eu não acredito que um pé de alface esta falando comigo. Eu devo ter batido forte com...
Comecei a balançar a cabeça no desespero e tentando acordar do sono.
_Oew! Eu não sou um pé de alface! Eu sou uma Digimon! Me chamo Tanemon!
Bom, agora eu posso o chamar por um nome. Tanemon era o nome do pé de alface.
_Digi... Mon... Comemon?
Confuso eu gaguejei um pouco, mas percebia que se tratava de um fêmea então precisava corrigir.
_Não! TA-NE-MON! TANEMON!
Ok! Tanemon, como ela autodenominava, estava ficando nervosa.
_Ta...nemon. Tanemon?
Após um pouco de esforço eu consegui pronunciar corretamente o nome dela.
_Nossa que dificuldade. Como se chama criatura desconhecida?
Tanemon saltou rapidamente até o meu colo e confesso até que foi engraçado para uma bola verde.
_Criatura estranha? Já se olhou no espelho? Você é a estranha aqui!
Dessa vez era a minha vez de ficar nervoso pelas palavras.
_Eu não sou estranha! Você que é estranho. Por acaso é um novo Digimon? Qual o seu nível?
A criatura olhava o meu corpo por completo como se procurasse algo.
_Eu não sou um Digimon. Seja lá o que isso seja... Eu sou um humano! E me chamo Alexander!
Mais confuso ainda eu ficava ao olhar a criatura que se movia no meu corpo.
_Humano?! Então isso é um humano? Que coisa mais esquisita...
Ela continuava girando a sua cabeça, ou melhor, o seu corpo todo para me observar.
_Olha só quem esta me chamando de esquisito. Isso só pode ser uma pegadinha...
Dessa vez mais agressivo eu me levantei e expulsei a criatura de meu colo.
_Hei! Humano! Onde estamos? Esse lugar não parece a floresta de treinamento.
Tanemon estava olhando curiosa as enormes estruturas da cidade.
_Floresta? Está em Nova York, Digimon. Bem Vinda a America, a maior floresta de pedra!
Aproveitei a oportunidade para curtir um pouco aquele sonho maluco.
_Floresta de Pedra... Incrível! Deve haver bastantes Digimon fortes aqui.
Acho que ela não entendeu a minha piada então continuou olhando admirada para os prédios.
_Olha. Você é o primeiro Digimon que vejo. E acredito que seja o único por aqui.
Comecei a refletir melhor a situação e não parecia mesmo um sonho apesar de tudo.
_Como assim? Não estamos no Mundo Digital?
Tanemon olhou curiosa para o meu rosto com seus olhos vermelhos lacrimejando.
_Não... aqui é a Terra. O Mundo dos humanos... Hei você está chorando?!
Ao responder percebi que o Digimon estava começando a chorar.
_Não! Não acredito! Eu quero voltar para casa!
A pequena forma de vida vegetal começou a chorar desesperadamente.
_Oew! Calma! Calma aew! Não precisa chorar tão alto. Calma!
Fiquei envergonhado e ao mesmo tempo preocupado. O que poderia fazer?!
_Eu quero ir pra casa! Me leva para casa! Alguém... SOCORRO!!!!
O Choro virou um desespero inegável e naquele momento parecia que não iria acabar.
_Mas que droga. Se alguém ver... É melhor se acalmar... Fica calma! Está bem?!
Continuava sem sucesso tentar fazer Tanemon parar de chorar. Precisava fazer algo.
_Espera! Pare de chorar! Eu te levo para casa! Mas para de chorar!
Naquela situação as palavras saltaram de minha boca e não pensei bem antes de falar.
_Pro... Promete? Promete me levar para casa?
Finalmente consegui fazer ela parar de chorar, mas a um preço que não saberia como pagar.
_Prometo! Mas por favor não chore! Uma garota não pode chorar na frente de um garoto!
Foi tudo o que consegui pensar naquele momento em que marca o restante dessa história.
_O... Obrigada. Eu... Eu prometo não chorar...
A Tanemon se recompôs e voltou a olhar para mim com os seus olhos vermelhos e sorrindo.
_Francamente. O que fazemos agora? Melhor irmos para minha casa primeiro. Tudo bem?
Fiquei envergonhado ao olhar a felicidade da criatura com minhas palavras.
Decidi levar a Planta ao meu apartamento. A secretária eletrônica informava que haviam três ligações perdidas.
Certamente uma delas ou todas eram de meu pai. Caminhei com Tanemon nos meus braços e a levei até o meu quarto deixando-a na cama.
Aproveitei e também me sentei.
_Pronto. Agora podemos pensar melhor no que fazer.
Apesar disso ainda não fazia a menor ideia do que pensar. Vários filmes passaram na minha cabeça.
_Você veio com uma nave espacial? Teletransporte? Portal dimensional? Correio? Tem código de barra?
Foram as melhores ideias que veio na minha cabeça naquela situação.
_Eu só me lembro de correr pela floresta e ter sido atacada por um Cherrymon Negro.
Tanemon não havia entendido minha piada e estava bastante séria. Mas...
_... O que é um Cherrymon? Por acaso outro Digimon?
Perguntei ainda confuso para a plantinha na minha cama.
_Sim! Cherrymon é um Digimon no nível Perfeito. Ele apareceu no meio da floresta de treinamento.
A pequenina olhava seria para mim enquanto falava. Mas nada fazia sentido naquele momento.
_Vai ser difícil. Bom... você quer beber alguma coisa? Água?
Tentei mudar um pouco o assunto para assimilar a ideia.
_Você pegaria água para eu beber?
A pequenina olhou novamente com seus olhos brilhando em minha direção.
_Mas é claro. Eu vou pegar para nós. Fique a vontade no meu quarto.
Levantei mais confuso do que quando havia me sentado e fui buscar água.
Enquanto ia na cozinha eu liguei a televisão e tirei o volume. Não ia entender nada mesmo.
Caminhei até a geladeira e peguei uma garrafa de água e voltei para o quarto.
Ao chegar eu me deparei com uma grande surpresa.
A pequena Tanemon, que possuía o tamanho de uma bola de futebol, destruiu meu quarto em menos de 05 minutos.
A minha cama era a única coisa no lugar. Haviam folhas e livros jogado para todos os lados.
As minhas roupas foram retiradas do guarda roupas e jogada no chão. Meus sapatos estavam na cama.
A lixeira estava girando no chão até que finalmente parou nos meus pés. No seu interior a criadora desse furação estava girando de tontura.
_M... Muito... Muito Obrigado pela água. Você foi muito gentil.
Curiosamente a criatura me agradecia de uma forma que nunca vi antes por alguém no Brasil.
_Nossa! Não é para tanto... Fico feliz que tenha gostado.
Voltei a encarar a bagunça do meu quarto e calmamente arrumava o estrago causado.
_E então? Esse Cherrymon. Por que ele a perseguia? Por acaso destruiu o quarto dele?
Questionava a pequenina enquanto colocava as roupas de volta no guarda roupa.
_Não! Cherrymon estava com raiva da floresta. Ele estava arrancando as árvores por ódio!
Por um momento ela voltou a ficar triste e novamente começou a formar lagrimas nos rosto.
_Então você decidiu mexer com alguém maior que você e que estava arrancando árvores?
Olhei incrédulo para o que ela dizia, mas tentava juntar os fatos.
_Sim! Eu decidi impedir. Mas quando eu fugia aconteceu alguma coisa... e fui acordar caída na floresta de pedras.
Dessa vez de um certo modo eu entendia o que ela dizia. Já que é da minha cidade que ela fala.
_Certo! Vamos...
Não tive tempo de fazer mais perguntas e logo um barulho ensurdecedor tomou os meus ouvidos.
Um helicóptero? Talvez dois sobrevoaram o apartamento bem próximos dos prédios.
Isso não é comum e logo olhei pela janela para tentar ver algo porem sem sucesso.
Alguma coisa estava acontecendo e me lembrei da televisão ligada. Corri na sua direção para tentar ver alguma coisa.
E para minha surpresa algo realmente estava acontecendo.
Uma grande árvore. Muito Grande mesmo! O canal de noticias mostrava uma planta gigante próxima ao Central Park.
Aquela árvore estranha com folhas negras possuía, por mais incrível que isso possa parecer, uma bengala de madeira,
olhos amarelos, um bigode de folhas e estava zangada. Muito zangada!
_Mas que raios é isso?! Uma cerejeira gigante no meio do Central Park?!
Meu olhos não acreditavam no que estava vendo apesar de conhecer Tanemon.
_Hei! O que está acontecendo... AH! É o Cherrymon! É ele!
Tanemon saiu correndo do quarto e rapidamente percebeu Cherrymon na televisão.
_Ele é o Cherrymon? Você tentou impedir essa arvore gigante sozinha?!
Olhei ainda mais surpreso para o tamanho da coragem de Tanemon.
_Bom... eu pensei em apenas chamar a atenção dele e correr...
Tanemon olhava para mim bastante tranquila sem notar nada de errado.
_Esta de sacanagem?! Se vai arrumar uma briga por que não procura alguém do seu tamanho?!
Mais uma vez fiquei possesso com a inocência de Tanemon diante dessa situação.
_Hei! Eu não iria deixar ele destruir a floresta de treinamento! Alguém tinha que fazer...
Novamente Tanemon olhou para a televisão e sua expressão ficou séria.
_Mesmo assim. Você é muito pequena comparada a ele... O... O que foi?
Olhei para a expressão no rosto de Tanemon e gelei por completo.
Não tive tempo o suficiente para impedir o que viria a seguir.
A pequena planta com muita velocidade e mobilidade para o seu tamanho saltou pela janela do apartamento e caiu sobre as escadas.
Iniciando uma decida acelerada em direção ao chão. Ela estava indo onde Cherrymon estava. Mas por que?!
Por que raios ela iria enfrentar aquilo?! Olha o tamanho dele! Isso não é coragem! É suicídio!
_Hei! Hei! Espera! Tanemon! Onde está indo?! Ficou maluca?!
Fiquei muito surpreso com aquilo e não esperava uma atitude tão corajosa dela.
_Eu vou proteger a floresta de pedra! Sou o único Digimon aqui que pode enfrenta-lo.
Ela gritava alto o suficiente para eu ouvir enquanto pulava que nem um louco atrás dela.
_Droga. Vou acabar me matando... Você perdeu a noção do perigo?! Ele não tem ninguém do tamanho dele!
Enquanto desesperadamente saltava pelas escadas de aço eu imaginava o pior acontecendo a nos dois.
_Eu sei que ele é grande. Mas como um Digimon eu preciso lutar para proteger a floresta!
As palavras da pequenina que alcançou o chão com uns três andares de vantagem ouvi claramente.
_Francamente... isso não é uma floresta... é uma... Cidade...
Infelizmente gritei tarde demais. Ela já estava no meio do transito saltando sobre os táxis.
Enquanto isso no Central Park,
os Policiais tentavam conter os curiosos enquanto a enorme arvore caminhava e chutava tudo e todos que estavam em sua frente.
Alguns arriscava atirar na arvore, mas suas armas pareciam não surtir efeito no gigante negro.
_Yggdrasil! Onde você está?! Onde você me mandou?!
O monstro gritava incansavelmente o nome de Yggdrasil. Será que era outro Digimon?
_Apareça Yggdrasil! Apareça covarde!
Muito zangado realmente aquele gigante estava e todos ouviam com clareza suas palavras.
Os helicópteros da imprensa rodeavam o gigante claramente visível pela luz da tarde.
Enquanto isso eu corria contra a multidão de pessoas que fugiam do monstro na esperança de impedir que Tanemon fosse para um suicídio.
Mas já era tarde demais. Ela tinha a mobilidade ao seu favor e eu muitas pessoas desesperadas na minha frente.
_Cherrymon! É melhor você ir embora da floresta de pedra!
A pequena planta saltou bravamente, sobre um carro imóvel, diante de Cherrymon.
_Hmmm?! Tanemon... Você tentou me impedir de encontrar Yggdrasil!
Cherrymon estava irado e ao perceber a presença de Tanemon sua ira aumentou.
_Eu vou te deletar e encontrarei Yggdrasil! Desapareça!!
Com a sua bengala a arvore gigante tentou esmagar a pequena Tanemon. Porém apenas o carro sofreu o ataque.
_Eu não posso deixar que destruía a floresta... Ataque de Bolhas!!!
Corajosamente a pequenina lançou de sua boca várias bolhas de água na direção do Gigante.
_Hahaha! Vai proteger esse lugar? VOCÊ?!
Sem o menor sinal de perigo as bolhas de Tanemon não feriram o Cherrymon confiante.
_SIM! Eu vou... Uahhhhhhh!
Com o movimento de sua bengala ele lançou um carro na direção de Tanemon que foi atingida em cheio.
Nesse exato eu chegava ao local e pude ver exatamente o momento do impacto e o local que ela foi lançada.
Mas nada mais poderia fazer. Cheguei muito tarde e a pequena e corajosa Tanemon foi esmagada pelo impacto dos veículos.
_Não me faça rir... Droga! Acho que exagerei. Não vou perder tempo aqui! Preciso achar Yggdrasil.
Observando que Tanemon ficou presa nos carros atingidos pelo ultimo movimento Cherrymon voltou a se locomover.
Observando o gigante sair do local eu não me contive e corri na direção para onde ela foi lançada. Corri com lagrimas nos olhos.
Acabava de a conhecer e mau tivemos tempo para podermos dizer que somos amigos.
Como pode ela ser tão burra ao ponto de não ver que seria impossível lutar contra alguém daquele tamanho?!
_TANEMON! TANEMON! Você está bem?! OI!
Deitei no chão e rastejei entre os veículos para procurar por ela. Naquele momento eu só pensava no pior.
Pensava que ela havia morrido em vão por uma virtude tola como a coragem. Como pode ser tão irresponsável com o mesmo ato duas vezes?!
É isso? Só lhe sobrou morrer? Por que alguém como ela que nem ao menos é desse mundo morreria pela cidade?! PORQUE?!
_T... Tanemon...
Meus olhos não resistiram ao ver o corpo da pequenina no chão imóvel. Lagrimas corriam.
_Tanemon! DEUS! Acorda! Por favor, não morra! Não morra assim... Não por favor!
Eu não entendo. Como me apeguei tão rapidamente a ela? Até parece que estava vendo um filme.
_Você tem muita coragem... mas é muito burra... digna de um herói... mas isso não é um filme.
Abracei o corpo da pequena enquanto perdia as esperanças de ver ela abrir os olhos novamente.
_Não escuto seu coração... Droga... Digimon tem coração?! Pulmão?! Hei! Abra os olhos...
Me desesperava. Me sentia como no cinema no inicio dessa história. Incapacidade.
_Não adianta... Me desculpa... Me desculpa por ser tão fraco. Por ser incapaz de salvar uma vida...
Eu estava desesperado e o que eu mais temia estava acontecendo. Em meus braços o corpo de Tanemon sem vida.
Os policiais fizeram um certo maior e em maior número.
Cherrymon caminhava sem importar com os policiais e começou a receber fortes rajadas de balas em sua direção.
Os tiros podiam ser ouvidos claramente. O responsável pela morte de Tanemon nada sofria com os ataques.
Nem mesmo a policia poderia parar aquele monstro. Como ela pensava que teria alguma chance?
Eu no lugar dela correria e choraria por algum consolo...
_Espera! Pare de chorar! Eu te levo para casa! Mas para de chorar!
_Pro... Promete? Promete me levar para casa?
_Prometo! Mas por favor não chore! Uma garota não pode chorar na frente de um garoto!
_Eu... não posso chorar... Não enquanto não cumprir minha promessa.
Por um momento eu fiquei sério. Olhei para ela e num momento de desespero fiz algo questionável.
Dane-se que isso só acontece em contos de fada! Eu não estou em condições de exigir realismo. Se houver uma esperança...
Se ainda há algo que eu possa tentar... Eu vou tentar! E como no filme que assisti nessa tarde eu beijei a protagonista da história.
Um sentimento verdadeiro como nos filmes? Não posso explicar.
Mas lagrimas saíram de meu rosto de encontro a pequena planta sem vida. Lagrimas sinceras e verdadeiras.
Eu me importava com ela. Eu não queria a perder... foi nesse momento que o corpo da pequenina se iluminou.
Uma luz que naquele momento da tarde onde a luz do sol já havia praticamente nos abandonado ela brilhou intensamente.
Tão intensamente que começou a ascender ao céu chamando a atenção de Cherrymon, da policia, da imprensa e de todos os curiosos.
Quando a luz dissipou apenas uma luz como em um arco íris revelava um casal se beijando.
Para muitos estava claro que um garoto e uma garota estavam se beijando. As câmeras focaram bem esse ângulo.
Mas na verdade era um humano e um Digimon. Era eu e Tanemon, agora evoluída a uma espécie de fada.
Peculiarmente com vestido rosa, com espécies de braçadereiras e botas verdes.
Seus cabelos na verdade era uma espécie de relva verde, sendo ofuscados apenas pelas quatro folhas que formavam suas asas.
Meus olhos abriram e não sentia mais a incapacidade e no lugar dela eu estava sendo tomado por outra emoção. A vergonha!
Não percebi até esse momento que estava flutuando e diante de uma garota fantasiada de fada. Até que ela também abriu os seus olhos.
Os mesmos olhos de Tanemon, porem negros e esverdeados.
Ela segurava as minhas mãos e batia suas asas para permanecermos no céu. Foi quando me dei conta do que realmente aconteceu.
Exatamente como nos contos de Fada.
_Você... está viva... você acordou após um beijo... como...
Olhei com uma enorme vontade de abraçar a fada diante de meus olhos.
_Você foi muito gentil comigo Alexander. Agora é minha vez de retribuir!
E com as palavras educadas como quando estávamos no meu quarto ela disse ao me soltar no chão.
_Tanemon... você...
Eu ainda não havia acreditado que aquilo estava acontecendo ela realmente esta viva.
_Eu me chamo Lilymon agora. Eu vou proteger a floresta de pedra!
Bom, Lilymon é um nome diferente mas continua com a mesma personalidade.
Rapidamente a fada voou para frente de Cherrymon e novamente me veio o temor.
Era ela uma pequena fada inofensiva contra uma arvore gigantesca. Ela continuava maluca também!
O que ela pensa em fazer contra aquilo?!
_Lilymon?! Não pode ser! Alcançou o Nível perfeito assim tão rápido?!
Olhava incrédulo o até então muito confiante e irado Cherrymon.
_Sim! E agora eu tenho poder suficiente para proteger a floresta de pedra!... Colar de flores!
A fada girou em torno da arvore rapidamente espalhando uma luz rosa. A luz se converteu em pétalas que envolveram Cherrymon.
_Maldição... Acha mesmo que isso vai funcionar...
Cherrymon parecia enfraquecido com o colar de flores que foi formado no seu tronco.
_Você é muito forte... há muito vírus em seu corpo! Eu só preciso acalma-lo um pouco!
A fada se voltava diante dos olhos de Cherrymon que demostrava fraqueza.
_Eu não serei derrotado tão facilmente...
Cherrymon agarrava o colocar com suas mãos para tentar remover.
_Não vai adiantar! Quando remover o colar já será tarde... Canhão Flor!!!
Dessa vez uma flor amarela se formou nos braços da fata.
A flor se abriu revelando um pequeno canhão de pétalas amarelas. Uma energia foi canalizada no canhão e brilhou intensamente.
Cherrymon ainda tentava remover o colar porem sem sucesso. Até que a energia concentrada finalmente foi lançada.
_Maldição... Yyyyyyyggdrasiiiiiil!
O ataque foi certeiro e devastador. Acertou em cheio o centro de Cherrymon.
A luz do impacto se expandiu e uma grande quantidade de luzes elevavam ao céu. Era Cherrymon se desfazendo.
Estranhamente sua estrutura desintegrava como se fosse feito de luz. Logo apenas a fada permanecia no alto.
Ela sorria enquanto voava graciosamente em minha direção. Eu estava aliviado. Ela venceu aquela arvore gigante monstruosa.
_Alexander!! Eu consegui! Eu venci ele!
Ela realmente conseguiu. Essa maluca metida a kamikaze salvou a floresta de pedra.
_Lilymon...
Não tive tempo de dizer o que pensei na hora quando segurei a mão dela.
Novamente conforme Tanemon havia descrito, algo aconteceu, e um buraco negro cobriu a cidade de Nova York no céu.
Era um buraco negro que começou a sugar os dados de Cherrymon que estavam flutuando no céu e puxar Lilymon para cima.
_Ei! O que está acontecendo aqui? Hei! Lilymon!
Surpreso com o acontecimento segurei firme a mão dela e percebia o forte poder sucção do portal.
_Eu acho que esse portal pode me levar para casa!
Lilymon olhou atentamente para o portal que a atrai para seu interior.
_Você tem certeza?! Pode acabar parando em outro planeta!
Na verdade foi uma desculpa que inventei para não soltar a mão dela de forma alguma. Não queria a perder novamente.
_Não. Tenho certeza que é o portal certo. Eu vou para casa. Graças a você Alexander!
Dessa vez ela olhou para os meus olhos e novamente estava chorando. Como ela chora...
_Hei! Porque está chorando uma hora como essas? Deveria estar feliz! Você vai para casa!
Eu tentava animar a garota. Nãosuporto garotas chorando mas não queria soltar a mão dela.
_Você foi muito gentil comigo... Eu queria poder conhece-lo melhor... Ficar com você um pouco mais...
Ela estava chorando mesmo. É possível ficar assim por alguém que se conhece por menos de um dia?!
_Sim! Eu também gostaria muito conhece-la melhor e ficar mais tempo com você.
Nesse momento eu percebi o que estava dizendo. Isso não iria facilitar a despedida praticamente inevitável...
_Eu... Eu.. Quero Fi...
A pequena fada não teve tempo de dizer até perceber o que aconteceu.
_Eu também! Mas eu fiz uma promessa! Não posso voltar...
Nesse momento eu fiz algo que precisava fazer. Precisava deixar ela ir para casa. O seu lugar de verdade não era ao meu lado.
Não saberia o que poderia acontecer com ela aqui no mundo dos homens.
_Alexander?!
Foi a ultima palavra que eu ouvi dela naquele dia. Apenas o meu nome após perceber que eu soltei sua mão.
Eu observava atentamente a pequena fada subir ao céu após eu a soltar com lagrimas nos meus olhos.
Um silêncio estonteante se seguiu até que ela finalmente foi levada pelo buraco negro.
O mesmo buraco negro logo em seguida dissipou por completo e tudo o que sobrou foi o estrago causado por Cherrymon,
a policia muito confusa, um monte de curiosos e a imprensa filmando tudo.
Será que as pessoas vão acreditar no que viram mesmo com as imagens?
Será que se eu contasse o que realmente aconteceu eles iriam entender? Entenderiam o que significa Digimon?
Quem era a fada e o garoto que salvaram a cidade de uma cerejeira gigante? O que foi aquele enorme buraco negro no céu?!
Muitas perguntas. E poucas respostas. Dignas de um filme. Um final clichê demais para muitos e fascinante para alguns.
Mas foi um final. O que aconteceu e o que acontece após tudo isso não vou contar a você que acompanhou minha história.
É algo muito pessoal para descrever para qualquer um. Apenas fique com a imagem dessa história na cabeça.
Passando como um Filme que encerra e você imagina como é a continuação da história.
Obrigado por me acompanhar até aqui e obrigado por acreditar na minha história.
Minha história sobre os Digimon.
FIM
As flores refletem bem o verdadeiro. Quem tenta possuir uma flor verá a sua beleza murchando.
Mas quem olhar uma flor no campo permanecerá para sempre com ela.
_Eu gostei dessa frase! É muito bonita. Quem escreveu?
_Foi um brasileiro. Paulo Coelho.
_Aproposito... Porque alterou o final da história?
_Se eu contasse ao mundo, que você esta ao meu lado, alguém poderia querer tirar você de mim.
_Mas você não esta fazendo como na frase? Me possuindo?
_Talvez... mas você escolheu permanecer comigo para sempre. Quando segurou minha mão.
_Do que esta falando? Você também não soltou a minha mão. Você escolheu ficar comigo!
_Por que eu gosto de final dramático tanto quanto um final feliz.
MickeyW- Escritor
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